Entre as décadas de 1950/60, motocicletas eram um produto raríssimo no mercado. Quem dominava o trânsito eram as famosas lambretas e as vespas, sonho de consumo dos operários da Belgo-Mineira, como mostra nesta fotografia, quando um grupo de metalúrgicos larga o serviço às 15 horas na Usina e toma rumo de casa, ou dos bares. E um detalhe: pode-se observar que em duas lambretas no pelotão de frente os seus proprietários ainda mantinham o plástico para conservar mais a pintura. Mania da época e dos tempos em que o romantismo ainda tinha seu espaço e os homens usavam brilhantina nos cabelos! Pouco atrás, um carro Ford e um caminhão e, mais ao fundo, no ponto final dos ônibus coletivos, uma Jardineira à espera dos seus passageiros.
Monlevade, uma cidade pacata de um povo operário. Aí deu Sodade!
2 comentários “No tempo das Lambretas!”
Interessante mesmo! Foi um sinal de status e melhoria social de uma classe trabalhista! Eu cresci nesta década de 60 e as via pelas ruas e avenidas da cidade! Nesta época, não existia os cuidados sérios de hoje, que é obrigatório o uso dos capacetes! A turma pedalava com a força dos ventos e os mosquitos batendo no rosto, sem muita preocupação com os perigos! O negócio era ficar com a boca bem fechada! Houve alguns acidentes sérios, mas nada comparado com a realidade das motos! Talvez porque seus donos eram mais maduros e conscientes de que aquele transporte era bom, mas bem perigoso também! Pra quem presenciou, foi mesmo um período bem nostálgico na cidade!
Verdade Ailton, era mais perigoso ainda, pois não se exigia o uso dos capacetes, mas a turma era mais responsável.