Para ilustrar, esta foto tirada no estádio do Jacuí, em 1966, durante uma transmissão esportiva. Nos gramados, os repórteres de campo Maurício Reis (E) e Marcílio Rabelo
Durante o nosso trabalho acadêmico de Monografia relatamos a história da Rádio Cultura de João Monlevade, entre o período de 1961 a 1976, quando pertenceu à Belgo-Mineira. E, tivemos o prazer de elaborar, como produto final, um programa de rádio, do qual participaram Maurício Reis e Vicente de Paula, dois baluartes da emissora durante seu início, ainda nos anos 1960. Também entrevistamos Alin Machado (primeiro locutor da Cultura), Geraldo Marques, popular “Sabará” e conseguimos um relato de Rubem Caldas, primeiro diretor da emissora. Simplificando, foi um trabalho maravilhoso e muito gratificante. Aliás, remexer com a história já faz parte da minha história de vida!
Desde o início do ano eu e a colega Luana Braga começamos a lidar com a influência da Rádio Cultura sobre a comunidade operária daqueles anos de chumbo e que culminou com a revolução de março de 64. Conhecemos um pouco de exemplos de vida dados por idealistas e excelentes profissionais como o jornalista e advogado Cid Rebello Horta, idealizador da emissora, de Rubem Caldas, maestro Altino Pimenta, Coronel Gavião, Maurício Reis, José Alencar Rocha, Sabará, Vicente de Paula, Edimir Néri, Humberto Assunção, Alin Machado, Geraldo Arantes, Paulo César, Neide Martins, Gracinha Paiva, Carlos Hamilton, Guido Soares, Pindoba, Juventino Formiga e tantas outras pessoas que fizeram a história da primeira emissora de rádio do Médio Piracicaba.
Trabalhar com esta peça foi de muito aprendizado e muito mais pelas experiências vividas naquela época. Os programas de auditório, as transmissões esportivas, as cornetas distribuídas ao longo da Usina para que o operário pudesse acompanhar a emissora. Considero esta memória fundamental não somente para a Academia, mas principalmente para que os monlevadenses possam um dia ter acesso a importantes informações e para conhecer os profissionais pioneiros na comunicação em João Monlevade. Uns verdadeiros heróis.
Rádio Cultura de João Monlevade, 250 Wts de potência. 1510 KLC, ZYV-72, Ondas Médias. A sua história já está gravada.
Um pensamento em “História da Rádio Cultura! Marcelo Melo”
Originalmente, por volta de 1954 e 1955, o local em que se instalou a rádio Cultura, foi residência da família do farmacêutico Manoel Martins Gomes Lima (Conhecido na época como Sr. Manoel – Foi ex- prefeito de São Domingos do Prata, onde era conhecido como Neneco). Embaixo ficava a farmácia da Belgo Mineira, comandada por ele. Em 1956, ele foi comandar a farmácia da Belgo em Sabará, recém inaugurada e foi substituído em Monlevade, pelo Sr. Vicente.