Árvore dos Batista Oliveira e Melo – Por Marcelo Melo!

O tempo urge, como ironiza o velho ditado. Mas o tempo também é o senhor da razão e ao mesmo tempo, graças a ele, somos presentes com o consentimento de nossos ancestrais. E nada melhor do que plantar e regar sempre a nossa árvore genealógica. Afinal, é pela sua intervenção que fazemos parte da história de vida.

E, para relembrar os meus (nossos) ancestrais paternos, apresentaremos acima esta fotografia, produzida no final dos anos 1930, na velha Rio Piracicaba, cidade natal de meus ancestrais. Uma foto simplesmente histórica e de uma sensibilidade incomum. Com vocês a família Batista de Oliveira, enraizada junto ao tronco dos Melo. No quadro geral, a Matriarca, de descendência bugre, Maria José de Oliveira, popular “Sacota”, que aparece assentada, a primeira da direita para a esquerda. Foi casada com José Batista de Oliveira, ourives da velha cidade, e tiveram dez filhos. Em pé, da esquerda para a direita: João Batista de Oliveira, Abelardo Batista, Marcílio Batista, José Batista, e Antonino Batista. Assentadas, as cinco filhas-moças, como era comum se expressar na época: Conceição de Oliveira, Mariana de Oliveira, Azulina de Oliveira, Ana de Oliveira Melo e Maria de Oliveira Melo, conhecida como “Marica”, esta minha avó, mãe do meu saudoso pai, Sebastião Gomes de Melo. E a partir daí novos troncos foram formados.

De Rio Piracicaba para João Monlevade!

Uma das mais tradicionais famílias de Rio Piracicaba é a dos Oliveira. Em todas festas religiosas, principalmente do Nosso Senhor Bom Jesus, os integrantes dos Oliveira sempre estavam à frente. Católicos praticantes acabaram herdando o apelido de “Sagrada Família”, diante da fé que despertava entre as outras pessoas. E, entre seus membros, um deles deixou sua obra imortalizada não somente em Rio Piracicaba, mas também em João Monlevade, para onde se mudou em dezembro de 1949.

Dono de Cartório, presidente da Corporação Musical, animador de quadrilhas e eleito vereador da 1ª Câmara Municipal de João Monlevade, após a emancipação, um dos personagens dessa árvore foi o senhor Jonathas de Oliveira, popular “Joanico”. De grande carisma e muito sábio, ele deixou a sua história gravada na região. Para manter a tradição, casou-se com a prima em 1º grau Azulina de Oliveira. Naquela época, no início do século passado, essa prática era comum. E em Rio Piracicaba o que mais havia eram parentes. Na terra do Padre Levi nasceram os seus dez filhos, sendo nove mulheres e todos com os nomes de Marias, à exceção da segunda por um erro de registro: Maria de Lourdes Souza, Martinha Oliveira Araújo, Maria José de Oliveira Nascimento, Maria Luiza de Oliveira, Maria Aparecida Oliveira Araújo Firmo, Maria da Anunciação de Oliveira Baêta, Maria da Conceição de Oliveira, Maria das Graças de Oliveira Marliere e Maria Ângela de Oliveira. Um homem, o oitavo filho, recebeu o nome de José Maria.

Quando a quarta filha, Maria Luzia de Oliveira, assumiu como escrevente o Cartório de João Monlevade, os pais mudaram-se então para o Distrito e uma casa foi oferecida pela Belgo-Mineira, coincidentemente, à Rua Piracicaba, para manter a tradição. Depois a família mudou-se para uma casa à rua Siderúrgica e depois na Tapajós. Cada um dos filhos seguiu seu rumo, tendo Dona Azulina falecido em 1976 e Seu Joanico, dez anos depois, exatamente em 1986. Mas a tradição da família Oliveira permanece, hoje misturada aos Batista, aos Couto e aos Melo.

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