Falha a previsão e meu retorno às ondas do Rádio!

Chegávamos à década final do século. As mudanças aconteceriam de fato de acordo com as previsões apocalípticas?  Mesmo  com  a  quase  certeza de  que  o  mundo atravessaria o século XX ainda pairava aquela profética ameaça de que “a mil chegará, mas de dois mil não passará”. . . Será que faltavam apenas 10 anos para tudo se acabar quando ainda tínhamos tanto a construir? Eu, por exemplo, ter filhos, escrever esta Saga e  ainda  ser  avô!  Mas  o importante  era  seguir  a  nossa  rotina  normal  e  deixar  nas  mãos  do Criador  o  nosso  futuro. E, graças a Deus, consegui meus objetivos, ou seja, chegar ao Século XXI com saúde, ter filhos maravilhosos e netas abençoadas, realizado profissionalmente, além de escrever esta Saga!

Depois  de  mais  um  ano  fora  do  rádio,  surge  uma  nova oportunidade: recebo o convite para trabalhar na emissora que havia  começado  suas  atividades  em  João Monlevade  em  1989,  a “Alternativa-1”,  cuja  concessão  havia  sido  liberada  ao  então deputado  federal  José  Santana  de  Vasconcelos.  Mais  uma  das tantas  que  o  governo  do  ex-presidente  José  Sarney  havia liberado  para  que  os  parlamentares  aprovassem  os cinco  anos  de governo para ele,  e  obteve então mais um ano de mandato, que se encerrou em 1989.  Seria  o  responsável  pelo noticiário  e  fui fazer  companhia  ao  velho  amigo  e  colega  dos tempos  da  Tiradentes/Globo,  Geraldo  Cardozo,  que  era  o  diretor artístico  da  emissora.  Redigia  o  famoso  “Toque  Alternativo”, que  ia  ao  ar  de  hora  em  hora.  Nada  do  que  realmente  eu pretendia  produzir  na  mídia  falada,  pois  tinha aspirações  mais ousadas  que  era  a  de  voltar  a  produzir  um  programa  diário,  de bate-papo,  entrevistas  e  muita  polêmica.  Mas  já  era  um  início  e lá  fomos.  Até  conseguimos  criar  alguns  fatos  e  dar  mais  vida ao jornalismo  da  emissora,  com  noticiários  locais,  entrevistas  e uma  forma  mais  dinâmica  de  informar, pois  as  emissoras  FM são  mais voltadas  para  o  musical,  bem  diferente  da  proposta  de uma  emissora AM, naquela época.

*Do Livro A Saga: Memórias de um Jornalista do Interior” – Parte XXVI

Autoria: Jornalista Marcelo M. Melo!

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