A parada do “Gauchão” é a melhor pedida para um saboroso pão com linguiça, servido com um delicioso requeijão
Trafegar pela BR-381, entre Monlevade a Belo Horizonte, é sinônimo de stress e momento de liberar a adrenalina. Não há como ser diferente. Além dos acidentes quase diários, aquela sensação de medo a cada curva a ser vencida e também as paradas em razão das pistas interditadas. Mais um caminhão virado…
Mas há outro lado que merece registro e que, há dois anos, escrevi sobre o assunto. E o tema refere-se à culinária praticada ao longo desse trecho da 381. São delícias em matéria de doces e salgados, passando pelo pão com lingüiça em Bom Jesus do Amparo até o prato da Galinhada, servido próximo ao trevo de Caeté. E sem contar os doces de Roças Novas. Portanto, a 381 também é perigosa para quem quer manter o peso.
O assunto hoje não é sobre a duplicação da 381, que já passou da hora, mas dos pratos servidos ao longo desses poucos mais de 100 quilômetros. Duvido que em alguma estrada deste país, Vamos mostrar algumas paradas e seus pratos deliciosos. E nem iremos citar os locais onde há postos de revenda de combustíveis, como o Cinco Estrelas, Recreio, Campo Alegre, Trevo de Itabira e o Posto 30. Só botecos.
Já na saída de Monlevade temos o “Cascata”, dos Bicalho, e aqueles sanduíches de pães com lingüiça, com queijo e pernil dão água na boca. Logo depois o “Montanha Lanches”, com caldo de cana, salgados deliciosos (a empada é o forte) e doces. Continuando descendo a serra, chegamos a São Gonçalo do Rio Abaixo e deparamos com os salgados mais famosos da região, no “Beleus Lanches”. Nem carece de comentários sobre a qualidade daqueles salgados e dos sucos, além do café expresso e sobre a higiene que se pratica no estabelecimento. Metros à frente, à direita para quem está indo para a capital, o novato “Tim Lanches”, cujos salgados têm o mesmo tempero e a mesma qualidade do Beleus. E o mais interessante: a preços mais acessíveis. Logo depois, à esquerda, aquela casinha com um caldo de cana e pasteis deliciosos. Sem contar o doce de leite e os queijos. De dar água na boca. Isso em apenas 30 Kms de viagem.
Seguindo em frente, temos logo após o trevo de Itabira um lugar aconchegante que vende um pastel de angu muito especial. Depois o Moreto, à esquerda, só com produtos defumados. E kms à frente duas paradas obrigatórias: à esquerda o “Mixidão do Robson” e à direita o melhor pão com lingüiça do Brasil, no “Gauchão”. O Robson é pontos dos caminhoneiros e o Gauchão dos motoristas de carros de passeio.O pão com lingüiça conta com um preparo especial ao molho de requeijão. E o “mixidão” com couve, um “zoiudo” e lingüiça e carne de porco. E vamos subindo até chegarmos a Roças Novas. São três pontos: logo no início um pastem comum de queijo e carne maravilhoso. À esquerda o “Bar e restaurante do Mundinho”, onde é servido uma refeição à La Carte e se come um feijão tropeiro dos deuses. Mais à acima, indo em direção do Hotel Tauá, doces, licores, cachaça e queijo na “Dona Nazinha”, já tema de reportagem em vários programas de culinária, entre eles o “Terra de Minas”, na Rede Globo.
Trabalhando em família, na “Dona Nazinha” a parada é obrigatória, onde são servidos doces e licores com receita caseira. Em Roças Novas, na ida para o Hotel Tauá
Estamos próximo ao trevo de Caeté, onde em uma barraca de sapé é comercializada a famosa rapadura de banana. Simplesmente única. Logo após os vendedores de bananas, à direita para quem está indo em direção a BH, uma casinha simples onde serve uma galinhada especial, em fogão à lenha. Sem falar no pão de queijo e nos outros quitutes bem à moda mineira.
Esta é a sina de quem viaja pela BR-381, entre Monlevade a Belo Horizonte, onde não só de acidentes e vítimas vive a estrada.
*Obs: Esta reportagem foi feita em março de 2011 e foi publicada na edição de n 148 do jornal “Morro do Geo”. De lá até hoje algumas paradas ocorreram algumas mudanças, mas as paradas continuam sendo tops de linha!