João Monlevade, assim como a maioria das cidades do interior de Minas Gerais, sempre teve um povo religioso. Independentemente da crença, a comunidade colocou a fé e a esperança acima das dificuldades. No entanto, a cidade se formou de uma maneira diferente de outros locais. Afinal, pode-se afirmar que recebemos um pouco da educação e da cultura do Velho Continente, através dos luxemburgueses e de outros povos europeus que migraram para cá. Assim, o lugarejo cresceu em volta da Usina da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, com a Vila Operária, hoje Arcelor/Mittal, e a empresa sempre foi a mola-mestra da cidade e a principal responsável pelo desenvolvimento econômico e social desde quando João Monlevade ainda era distrito de Rio Piracicaba.
E, como era costume do diretor da Belgo-Mineira, o visionário Louis Jacques Ensch, muito ligado aos anseios de toda comunidade, também se preocupou com a religiosidade dos operários que aqui vieram trabalhar e seus familiares, a maioria ligado à Igreja Católica, construindo Igreja, pois até 1948 as missas eram celebradas no pátio em frente ao Solar Monlevade, assim como outras atividades religiosas.
Na fotografia acima, no dia da inauguração da Matriz São José Operário, as festividades começaram muito cedo. Um momento de um cortejo religioso foi marcado nesta linda fotografia do Mestre Diló, em 20 de setembro de 1948, em frente ao Solar Monlevade. Padres, missionários, religiosas, crianças, Mães do Santíssimo e toda uma comunidade se preparando para a Procissão, que saiu da Fazenda em direção à Matriz São José Operário. Uma fotografia para se guardar para sempre nas paredes da sala e da memória!