Minha cidade que já se chamou Esperança! Marcelo Melo

João Monlevade ou Jean Monlé, como costumo me referir à minha cidade-natal, onde nasci e fui criado junto aos meus três irmãos e fomos muito bem educados pelos nossos pais; ele operário da Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira e ela dona de casa e costureira, onde passamos nossa infância e parte de nossa adolescência no querido Bairro da Vila Tanque, desenvolveu-se economicamente com a indústria e o comércio.

Mas posso dizer que nossa cidade teve colonização europeia, quando ainda era uma Vila, desde que aqui se instalou a Usina da Belgo-Mineira, com a vinda dos luxemburgueses e dos gringos de outros países do Velho Continente, no final da década de 1930. E crescemos com disciplina, desde a educação que recebemos dentro de casa, até as primeiras escolas, no Ginásio Monlevade, pelo sistema rígido imposto sob a tutela do Cônego Higino de Freitas e na Escola Profissionalizante do Senai, dirigida pelo braça de ferro do professor João de Oliveira Freitas, o “João Peixe”. E, não saíram apenas profissionais, mas também homens de bem!

Mas muita coisa mudou daquela geração até os dias atuais. E mesmo que nosso povo tenha tido uma educação, diria, até privilegiada, muito se deixou perder no tempo. Mas, claro, muito também de positivo ficou da herança deixada pelos antigos povos. Mas que a atual política não deixe apagar o nosso passado, cujo legado sempre foi da  vitória do bem sobre o mal! E assim seja! Amém!

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