Lá vem o teleférico
Pelo espaço afora
Traçando retas
Pelo céusférico.
Um atrás do outro
Que nem “meu benzinho gafanhoto”.
Chega cheio
Volta vazio
Vai buscar mais.
Vem de longe
Pra lá da Ponte Alta
É carvão que não falta!
Que enche a barrica do forno
Pra depois parir gusa
Que depois vira aço
E cortado em pedaço.
Vai virar laminado
Vai virar trefilado
Arame farpado
E sei lá mais o quê!
Se eu pudesse montar nele
Pegando uma carona
Tapando o sol com uma lona
Devagarinho eu iria
Gastando mais de um dia
Mas no fim eu chegaria
Pra pescar Timburé
Lá na Lagoa do Aguapé.