Resgatar, pra quê? Alguém se importa? Marcelo Melo!

Na fotografia acima, um cenário que hoje é apenas um retrato na tela de um computador

Como jornalista e praticamente há quase 40 anos na estrada, sempre procurei ser um profissional justo, e lógico que cometi muitos erros, mas acredito que tive mais acertos. Mas, não estou aqui para falar do Marcelo Melo, como jornalista, mas sim como historiador.

É que, depois de me tornar um repórter do tipo “fuçador”, sempre correndo atrás da notícia e procurando dá-la em 1ª mão (naquela época não havia esta facilidade de releases e redes sociais, que movem os repórteres de hoje, deixando-os preguiçosos), além de um redator/aprendiz, depois de quase 20 anos na lida da informação – tanto na imprensa escrita (onde comecei) quando na falada -, resolvi me dedicar a um outro lado do Jornalismo, que foi o de resgatar a história de minha cidade-natal, João Monlevade. Afinal, como todo monlevadense sabe – ou deveria saber -, nossa cidade é dividida em períodos, que vão da chegada do pioneiro francês Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade, no ano de 1817 e a construção das Forjas Catalã; passando pela instalação da Usina da Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira pelo engenheiro luxemburguês Louis Jacques Ensch, em 1935, e a construção da 1ª Vila Operária da América Latina; até a emancipação de João Monlevade, que até então era distrito de Rio Piracicaba, no ano de 1964; e terminando com a destruição do nosso Patrimônio histórico e arquitetônico, que foi a Praça Ayres Quaresma, saudosa “Praça do Cinema”, em 1988. Sem contar a demolição da Praça do Mercado, que se deu quatro anos antes, ou seja, em 1984.

Desta forma, iniciei o trabalho com o jornal “Morro do Geo”, em fevereiro de 2001, e me apaixonei pelo novo Projeto. Mas não deixei de lado a minha veia de repórter, pois neste resgate da história, sempre estava trabalhando em campo para entrevistar os antigos moradores de João Monlevade, que contavam as histórias antigas, desde o início da instalação da Belgo-Mineira, e a construção dos clubes, das casas dos operários, e consegui resgatar também fotografias antigas, através da colaboração de amigos, e chegamos, finamente, no ano de 2021, ao nosso Portal, que aqui está, e traz em sua bagagem toda a história de nossa cidade, seja de sua fundação até os dias atuais; das áreas política, esportiva, social, cultural, sindical. E entrevistas e biografia extraordinárias, de personagens que fizeram parte do crescimento sócio/econômico do município de João Monlevade.

E agradeço muito a vocês, assinantes de nosso Portal e aos anunciantes, mas confesso que pensei que teria mais parceiros pelo trabalho que executamos. No entanto, faz parte, porque nem sempre “santo de casa não faz milagres”!

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