Acima, uma fotografia do saudoso Luiz Prandini
A Monlevade dos anos 1930/40 já possuía um comércio incipiente, que vicejava em alguns pontos da área industrial, como na antiga Rua da Favela que seguia paralela ao Rio Piracicaba e posteriormente foi extinta para a correção de pequeno trecho da Estrada de Ferro Vitória-Minas. Dono de pequeno empreendimento naquela rua, José Drumond, conhecido e respeitado comerciante, contava com os serviços de um jovem auxiliar, habilidoso em trabalhos com couros, que o ajudava na confecção de luvas, botinas e aventais. Era o Luiz Prandini que, estabelecendo-se posteriormente em Carneirinhos, viria a tornar-se o patriarca de uma família de grande prestígio e influência nos tempos da emancipação do município.
Nascido em Dom Silvério, em 13 de fevereiro de 1911, Luiz Prandini se viu obrigado a deixar a casa paterna aos doze anos de idade atrás de recursos para ajudar a família. Antes de se estabelecer em João Monlevade, correu meio mundo, tendo residido inclusive em São Paulo e Rio de Janeiro – as histórias contadas aos filhos lembram espetáculos vistos no Cassino da Urca, estrelados por Carmen Miranda e Chico Alves, entre outros. Foi, entretanto, a passagem por Santa Isabel (Quem diria!) que deu rumo definitivo a sua vida: ali conheceu Adiles Drumond Prandini (Dona Branca) com quem se casou no final dos anos trinta, acabando por fixar residência em nossa cidade.
Em João Monlevade nasceram seus filhos, quase todos eles empresários muito bem sucedidos, cada um em seu ramo de atividade, contribuindo para o progresso e o desenvolvimento da cidade: José (Nino) Prandini (Livraria Kennedy), Raimunda (Pretinha), Iara, Maria (Neném), Geraldo (Tipografia Kennedy), Antônio (Tony do Hotel São Luiz, sócio-proprietário de empresa de distribuição de material para colégios e faculdades), Heloísa, Elisa (Carimbos Kennedy), Eliane (Hotel São Luiz) e Edda (Armarinho São Luiz).
Homem muito inteligente e prestativo, o nome Kennedy, associado aos empreendimentos da família, mais que mero nome, é resquício de amizade e apoio incondicionais tributados ao Diretor do Colégio Kennedy, por ocasião da criação do prestigioso educandário. Teve também alguma participação nos acontecimentos políticos que marcaram o município nos anos sessenta: embora seu nome não seja citado com freqüência nem apareça nos documentos oficiais, consta que integrou também o grupo de pessoas que trabalharam para a emancipação do Município, tendo participado de reuniões e viagens à capital mineira com essa finalidade.
Faleceu em 28 de setembro de 1976. Para perenizar sua passagem entre nós, seu nome foi atribuído à rua, que ligando as avenidas Wilson Alvarenga e Getúlio Vargas, no centro da cidade, bem na região onde se concentram os empreendimentos de sua família, prolonga-se pelo canal até o Bairro de Lourdes.
*Pesquisa e texto do professor, historiador e escritor Geraldo Eustáquio Ferreira (Dadinho)!
Em João Monlevade nasceram seus filhos, quase todos eles empresários muito bem sucedidos, cada um em seu ramo de atividade, contribuindo para o progresso e o desenvolvimento da cidade: José (Nino) Prandini (Livraria Kennedy), Raimunda (Pretinha), Iara, Maria (Neném), Geraldo (Tipografia Kennedy), Antônio (Tony do Hotel São Luiz, sócio-proprietário de empresa de distribuição de material para colégios e faculdades), Heloísa, Elisa (Carimbos Kennedy), Eliane (Hotel São Luiz) e Edda (Armarinho São Luiz).Homem muito inteligente e prestativo, o nome Kennedy, associado aos empreendimentos da família, mais que mero nome, é resquício de amizade e apoio incondicionais tributados ao Diretor do Colégio Kennedy, por ocasião da criação do prestigioso educandário. Teve também alguma participação nos acontecimentos políticos que marcaram o município nos anos sessenta: embora seu nome não seja citado com freqüência nem apareça nos documentos oficiais, consta que integrou também o grupo de pessoas que trabalharam para a emancipação do Município, tendo participado de reuniões e viagens à capital mineira com essa finalidade.