O Carnaval de Rua em João Monlevade!

Na fotografia acima, o desfile do Bloco “Samba Furó”, subindo o famoso morro do Geo, provavelmente entre o final da década de 1950. O Bloco tornou-se uma tradição em João Monlevade e durou por muitos anos

•Contrariando aos mais pessimistas, o carnaval de rua em Monlevade teve tradição, sim. Tanto que, durante o período em que as praças do Cinema e do Mercado sobreviveram ao progresso, os desfiles eram contagiosos e reuniam um grande número de foliões. Blocos saiam do Ideal e União e desciam a ladeira do morro do Geo. Atravessavam o outro lado do rio até a Tieté e retornavam. Não havia divisão entre os carnavalescos de rua e de salão. Um completava o outro.

Ainda no final dos anos 1940 nasceu o primeiro bloco tradicional na cidade, o “Samba Furô” e anos mais tarde o “Nêga Maluca”. No anos 1960 surgiram as tradicionais escolas de samba “Estrela da Vila”, “Boca de Lobo”, “Boca Branca” e “Boca Negra”, e nos idos dos ano 1980 a “Ciranda de Ouro”,. Também na década de 1970 vieram os blocos “Reunião de Bacanas” e o irreverente “Bonequinhas de Elite”, comandado pelo saudoso “Nova Lima”, onde todos os homens se vestiam de mulheres, o famoso “Bloco do Sujo”! Depois os desfiles foram transferidos para a Avenida Getúlio Vargas, em Carneirinhos, e o carnaval de rua sucumbiu de vez naquele fevereiro de 1988.

Mas o sonho acabou. E não somente o carnaval de rua, mas também os saudosos carnavais de salão, que eram disputadíssimos no Ideal, União Operário, Caça e Pesca e no Social Clube, sob o som de orquestras de alto nível, como as Bandas do “Julinho” e do “Edmo”, entre outras, e grandes intérpretes como Geraldo “di Noite” e o saudoso Severino Miguel.

Abaixo, , o desfile do bloco “Nêga Maluca”, da Vila Tanque. Antres de surgir a escola Estrela da Vila. Tudo artesanal.

Abaixo, o bloco “Os Carrascos”, que todos os anos fazia a festa nas ruas e depois no salão do Ideal Clube

Havia tradição. A prova são esses três momentos. Na foto um carnaval de rua promovido pelos moradores da rua Siderúrgica, em 1941, entre crianças e adultos

Os carros alegóricos saiam da praça do Cinema com os foliões. O Rei Momo e a Rainha do Carnaval desfilavam pelo Centro da cidade e as melhores fantasias eram premiadas nos clubes. Toda a sociedade monlevadense, entre negros, brancos, pobres ou ricos, participava. Sem discriminação e sem preconceito

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