Na fotografia acima, de 1948, quando foi feita a benção do Lactário após sua inauguração
Uns chamavam de Lactário e outros de Leiteria. Para quem não viveu em João Monlevade entre os anos 1950/70 não conheceu o lugar. O Lactário foi construído pela Belgo-Mineira e ali se produzia o leite balanceado, que era distribuído gratuitamente aos filhos dos operários da Usina de Monlevade. Ele foi inaugurado em 1948 e foi instalado na Avenida Getúlio Vargas, praticamente ao lado do viaduto que passa pelo Centro Industrial, na descida para a Rua Siderúrgica. Fechou suas atividades nos anos 1970 e hoje, é um ponto de ônibus guardado na história.
O abastecimento de leite era feito no próprio prédio do Lactário, com uma moderna estrutura, e ainda havia sete postos de distribuição em bairros da cidade e um serviço de entrega domiciliar. Esta Usina de tratamento de leite recebia diariamente 2 mil litros de leite, provenientes de diversos pontos da região. Em seu laboratório era feita a análise do leite, especialmente no que se dizia respeito à densidade, gordura, acidez e lacto-fermentação. Após diversas fases de purificação e pasteurização, o leite era engarrafado mecanicamente em vidros apropriados e distribuídos aos operários.
Na fotografia abaixo, de junho de 1959, mostra o grupo de pessoas que trabalhava na Leiteria naquele tempo e, entre elas, Margit Wittig, uma alemã que morou no Brasil nos anos 50. Ela veio para João Monlevade com o irmão, Gunter Wittig, que trabalhou na Carpintaria e em 1959 retornou ao país de origem. Aparecem na fotografia Ângela Maria Dias, Mirtes Abel, Ana Araújo, Maria Bernardina, Maria Luzia da Silva Lygia Magalhães de Araújo, Petrina de Souza Campos, Maria da Conceição Abel, Tereza Lourenço, Maria de Lourdes de Deus, Maria Perpétua de Jesus, Doris de Andrade Drumond, José Pimentel, José Antônio de Paula, José Souto Ferreira, Adelino Gomes, José Quartenário, Sebastião Assis, José Flaviano Caetano, Manuel Inocêncio, Jesus Alves Perdigão, José Fernandes Souza. A mulher em pé, segunda da direita para a esquerda, é Margit, a alemã que se apaixonou por João Monlevade e pelo seu povo e que até hoje corresponde com alguns monlevadenses.
Leite e mingau são distribuídos gratuitamente aos filhos dos operários da Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira. Na fila, crianças e adultos à espera da distribuição. O Projeto foi implantado pelo diretor das usinas de Sabará e João Monlevade, Louis Ensch