Grêmio Esportivo Monlevadense: o 1º Clube de inclusão social de João Monlevade!

Na foto acima, o engenheiro Caetano Mascarenhas (idealizador do Grêmio e seu 1º presidente), observado pelo engenheiro Hugo Freire – que mais tarde tornaria seu sucessor – Agostinho (ainda jovem), Dona Dica, Muro Macêdo e outros populares observam a solenidade

Com a instalação do Grêmio Esportivo Monlevade, surgia em João Monlevade a paixão pelos esportes especializados. Um dos principais responsáveis pela obra foi o engenheiro Caetano Mascarenhas, amante do Basquete, o idealizador do Projeto, nascendo assim o 1º clube de inclusão social em João Monlevade. A inauguração do Grêmio se deu no dia 15 de novembro de 1953.

A seguir toda a história de criação do primeiro clube esportivo de João Monlevade que promoveu a inclusão social entre os jovens. E foi o Grêmio Esportivo Monlevadense, que permitiu que filhos de operários da Usina da Belgo-Mineira pudessem usufruir da prática do esporte especializado, antes somente possível aos filhos de funcionários mais graduados, com o Social Clube.

Mas, antes mesmo da construção do Grêmio, conforme a foto acima, havia uma quadra abaixo do Grupo de Tábua (Ginásio Monlevade), na Rua dos Carijós, no local chamado “Buracão”, onde os jovens praticavam vôlei, basquete e futebol de salão, com autorização do diretor da escola

A iniciativa de se criar um clube mais popular partiu de alguns operários da própria Usina, entre eles o desportista Omar Antunes Rodrigues, saudoso e popular “Gigante”, que participou ativamente de todo o processo. Na época, havia um grupo de pessoas que gostava de praticar vôlei, entre eles o próprio Gigante, Paulo Cury, Zé Lima e Jair Barão.  Daí tiveram então uma primeira conversa com o Dr. Armando Carneiro, na época diretor do Colégio Estadual, quando aceitou emprestar a rede e a bola para que pudessem praticar o esporte. “Resolvemos transformar o famoso “Buracão”(um espaço que ficava abaixo do antigo Colégio de Tábua) numa praça de esportes.

Relatou Gigante: – “Meses depois nos reunimos e lembro-me que participaram o Jair Bambu, Mundico, Dona Xoxô, Vera Deniks, Zenaide e o Sr. Joaquim Costa, sendo eleita a primeira diretoria do clube, já denominado de Grêmio Esportivo Monlevadense, e que teve como presidente o próprio Dr. Armando Carneiro. A Belgo-Mineira apoiou a proposta e, através do engenheiro Caetano Mascarenhas, amante do esporte especializado (em especial o Basquete), construiu o grande Grêmio Esportivo Monlevadense”.

A fundação do Clube deu-se no dia 15 de novembro de 1953, nascendo ali a primeira semente para que João Monlevade se tornasse um celeiro de craques de vôlei, basquete, futebol de salão e outros esportes. E, deve-se a isso, conforme nos relatou o também desportista e aposentado José do Espírito Santo, popular “Curió”, ex-jogador dos bons tempos de futebol de salão do Grêmio, ao engenheiro Caetano Mascarenhas. “Aquele homem foi o principal apoiador do projeto e, com carta branca da Belgo-Mineira, conseguiu dar um dos maiores presentes à comunidade monlevadense. Principalmente aos jovens que não contavam com um espaço para a prática do esporte especializado”, relatou.

Durante a inauguração do Grêmio, quando o Dr.  Robert Loutsch, diretor da Usina, faz o corte da fita simbólica, observado pelos engenheiros Caetano Mascarenhas, Hugo Freire e Celso Costa, e pelos desportistas Francisco Penido e Zozoca, alguns dos pioneiros na construção do Clube

O Grêmio sempre ficava assim aos domingos, onde as famílias dos operários se reuniam e os pais levavam os filhos para brincarem no Parque, que foi montado no Clube

Basquete, Futebol de Salão e Vôlei: coqueluches do Clube

Foi na época do Grêmio, entre os anos 1950/80, que foram registrados os melhores tempos do esporte especializado na cidade. Escolinhas de vôlei, basquete e futebol de salão fizeram parte do cenário gremista. E era o Basquete o esporte preferido dos monlevadenses na década de 1950, após a inauguração do Grêmio. Prova disso é que foi criado no clube os “Globe Trotters”, uma apologia à equipe norte-americana que fazia espetáculo pelo mundo. E não era simplesmente uma equipe, pois também fazia seus jogos/shows. A prática do vôlei também se tornou comum e bons atletas surgiram, treinados pelo Mussolini, o homem que inventou a “Jornada nas Estrelas”, muito antes do Bernardo.

Mais tarde que se consagrou o futebol de salão e se tornou a grande coqueluche do Grêmio, passando por várias gerações como um dos melhores times do Estado. E contava com nomes famosos no esporte, verdadeiros craques das quadras. Casos de Monsueto, Marron, Curió, Geraldinho, Gregório, Dim, Tim, Piteco, Maurinho, Minguinha, Dely, Edu Maluf, Aguinaldo, Ivanil, Marley, Noel, Nicolau, Toninho Geladeira, Paquinha e tantos outros. O salão gremista chegou a ser duas vezes vice-campeão mineiro e campeão do interior de Minas.

Duas quadras foram construídas no Grêmio e mais tarde um Ginásio coberto – cujo projeto foi elaborado pelo engenheiro Mário Graça -, playground e piscina  (construção ao fundo). A prática de futebol de salão, basquete e vôlei era a coqueluche dos  jovens e grande equipes se formaram

Pessoas que fizeram parte da história do Grêmio Esportivo

Também o Grêmio Esportivo Monlevade contou com homens que fizeram parte de sua história, e muito contribuíram para que o Clube chegasse a ser um dos melhores da região. Não apenas pelo lado esportivo, mas também pela cidadania.

Caetano Mascarenhas, idealizador do Grêmio Esportivo Monlevadense. Na foto, ao lado de outro grande desportista, Sr. Simões

O popular Pereira, lenda do clube e o homem que deu a vida pelo Grêmio. Aqui recebendo uma homenagem de Caetano Mascarenhas, quando da inauguração do Ginásio coberto. Era o “Pé de Boi”, fazendo de tudo, ou seja, da faxina até treinar as categorias de base. Pereira dedicou todo o tempo ao Grêmio, desde a fundação até o seu fechamento. Uma lenda do Grêmio Esportivo

Omar Antunes, popular “Gigante”, um dos maiores desportistas que Monlevade já viu. Outro grande responsável pela construção do Grêmio

Outro desportista que fez parte da história do Grêmio foi o alvinopolense Jésus Godelo (1º à esquerda, em pé), que aqui chegou para atuar pelo Vasquinho e depois passou a fazer parte do grupo de técnicos dos clubes gremistas, de tantas glórias. Fundou o time do Alianza de futebol de salão e  dirigiu também as categorias de base. Outra lenda no Grêmio. Aqui, como técnico do time do Indepéndente

Outro sonho realizado: filhos de operários ganham uma piscina

Através do desempenho do presidente do clube gremista, Caetano Mascarenhas, é construída a piscina, e um grande público comparece à inauguração. Adultos e crianças participam da festa, enquanto é cortada a fita simbólica

Os pais observam os filhos se esbaldando na piscina do Grêmio, onde também havia sido inaugurado o playground. Tratava-se do 1º clube de inclusão social de João Monlevade, um avanço para a época

Futebol de Salão: O Timaço do Grêmio em várias gerações

Nasce em grande estilo o futebol de salão (hoje futsal), que se torna paixão dos monlevadenses. A diretoria do Clube sempre promovia torneios octagonais, com presença de grandes equipes do país e o intercâmbio só fez crescer o nível do esporte em Monlevade. O ginásio do Grêmio era pequeno e foram disputadas partidas memoráveis. Também eram realizados os torneios internos.

Entre as equipes que disputavam os octagonais no ginásio coberto do Grêmio, deixaram aqui suas histórias o Yuracan de Sete Lagoas, o Curvelo, Fluminense do Rio, Fluminense do Espírito Santos, Olímpico de Belo Horizonte, Atlético Mineiro e o Arsenal de BH.

Mas os torneios internos também faziam parte do glorioso passado do Grêmio Esportivo Monlevadense. Dentro da proposta de divulgar o futebol de salão, além dos torneios promovidos com a presença de grandes equipes do país, era prioridade a realização dos torneios internos e com isso surgiram vários times e de nível elevado, entre eles o Alianza, Tupã, Tieté, Tamoios, Cruzeirinho, Arsenal, Fluminense, River, Carneirinhos e Aliados.

Década de 1950 e o Grêmio começava a sua história que o consagrou nas quadras esportivas.  E esta foi uma das primeiras equipes de futebol do salão do Clube, chamada Arsenal e que ficou famosa pelo quinteto acima: Efigênio Batista, Selmo Machado e Vicente Guimarães, em pé. Agachados: Carlinhos e Zé Campos

O Grêmio sagra-se Campeão Mineiro do Interior

O Grêmio Esportivo Monlevadense sempre foi um celeiro de craques em várias modalidades esportivas, e crescia no futebol de salão. E, para comprovar esta afirmativa, basta mostrar aqui a equipe de adultos de 1966, que conquistou o título de campeã mineiro do interior, após vencer a equipe do Siderúrgica, de Sabará, em partida realizada no Ginásio do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. Com casa cheia, o Grêmio venceu por dois a um.

Aqui os campeões mineiros, aparecendo em pé, da esquerda para a direita: Delano, Mauro Rupiado, Maurinho Cardoso, Natalino e Pirrucha. Agachados, na mesma ordem: Mansueto, Mahé, Silvério, Hélio Bundinha e Miltinho

A direção do Clube se preocupava com a meninada e já investia na base. Aqui, uma fotografia que mostra a equipe Mirim do Grêmio Esportivo, na década de 1960. Foi uma das primeiras formações, onde aparecem, em pé:  Dízio, Formiguinha, João Traíra, o técnico, Humberto, Zezé Federal e Antônio Pádua. Agachados: Paulinho Simões, Mazinho, Ieié Fubá, Adir e Vicente

Competição Mirim!

Esta fotografia é do ano de 1967 e mostra duas equipes que praticamente foram pioneiras em participar de competições internas dentro do Grêmio Esportivo Monlevadense, no futebol de salão. Com o ginásio cheio, o time do saudoso Zeco Batista, o Cruzeirinho, estreava o seu uniforme, que foi oferecido pelo Cruzeiro. O adversário era o Fluminense, comandado pelo também saudoso Jésus Godelo. O pontapé inicial da partida foi dado pelo grande craque do Cruzeiro e tri-campeão mundial pela Seleção Brasileira – três anos depois -, Wilson Piazza.

A partida terminou com uma goleada do Fluminense, que venceu por 4 x 1, com gols de Maurinho (3) e Faustino. Luiz Paulo descontou para o Cruzeirinho.  Eis as equipes: Em pé, o time do Fluminense, onde aparecem Jésus Godelo, Xará, Tim, Gilson Lacerda, Zé Wilson, Maurinho, Faustino e Godinho. O Cruzeirinho agachado: Edu Maluf, Tininho, Minguinha, Evandro, Luiz Paulo, Helinho, Dinho, Lenha e Zé Pretinho

Esta foi uma das equipes do Grêmio Esportivo a participar do campeonato estadual de futebol de salão, na década de 1970. Na foto, em pé, da esquerda para a direita: Godelo, Mahé, Paulo Roberto, Pedro e Maluerzinke. Agachados, na mesma ordem: Fernando Policarpo, Hélkio, Curió e Marconi

Uma das boas formações do time de futebol de salão do Grêmio: Geraldinho Vieira, Toninho Geladeira, Minguinha, Tim e o saudoso Cândido, que depois atuou pelo Cruzeiro e América Mineiro e América do México. Geraldinho Vieira também se profissionalizou

O futebol de salão cresceu muito e consequentemente o número de praticantes, e o Grêmio foi o divisor de águas nesta categoria. O esporte, por ser tão envolvente, fazia com que fossem realizados campeonatos entre bairros e o nível era de primeira, com equipes muito fortes.

No ano de 1965 a equipe campeã foi a Tieté, que aparece na foto durante a final realizada no ginásio do Grêmio. De pé, da esquerda para a direita: Tatá, Paulinho, Choca, Monsueto e o técnico Jésus Godelo. Agachados, na mesma ordem: Mauro Cardoso, Curió, Natalino e Sérgio

A diretoria do Grêmio Esportivo Monlevadense sempre promovia torneios entre as ruas da Vila Operária, e que sempre levavam grande público às quadras diante da rivalidade das torcidas.

Esta foto foi registrada antes de uma partida final entre as ruas Tieté e Tamoios, com vitória da Tieté. Na foto, entre outros jogadores e o coordenador Jésus Godelo, aparecem Totó, Carlinhos, Delano, Mauro Cardoso, Nem, Paulinho,  Zé Luiz, Zander Cardoso,  Sérgio Machado, Melecando e Natalino

Campeão Metropolitano!

Este foi um dos grandes elencos do Grêmio. Transcorria o ano de 1971, quando este timaço de futebol de salão do Gêmio sagrou-e campeão Metropolitano e vice-campeão Mineiro, uma formação de jogadores de alto nível e que deram muitas conquistas ao Grêmio. Mesmo um pouco amarelada pelo tempo, dá pra se ver os jogadores. 

Em pé, da esquerda para a direita: Aguinaldo, Maurinho, Gregório, Dely  e Itamar. Agachados, na mesma ordem: Piteco, Dim, Curió e Marron. Um senhor escrete!

O Alianza!

Outro grande time a se formar nas quadras do Grêmio foi o Alianza, cujo fundador foi o senhor Josué Dias, em pé, à esquerda da foto. Esta equipe é uma formação do final dos anos 1950, onde aparecem, entre outros atletas,  à esquerda Josué Dias (supervisor) e  à direita, Zé Luiz (técnico). Jogadores são Henriquinho Dias, Monsueto, entre outros

E o Alianza fez história, aqui comandado pelo Jésus Godelo, em sua categoria juvenil e que conquistou muitos títulos.

Aqui, uma das formações que brilhos nos anos 70, aparecendo em pé, da esquerda para a direita: Zé Márcio, Edu Maluf, Tininho e Marley. Agachados, na mesma ordem: Hamilton, Paquinha, Fofinho e Oswaldir

As equipes do Grêmio e do Alianza sempre foram rivais nos torneios promovidos pelo clube. Nesta foto histórica da década de 70, uma final entre os dois times, onde em pé aparece o Grêmio Monlevadense com Vanil, Minguinha, Bezerrão, Correia, Ivanir, Paulinho, Marcinho e ?

Agachados os atletas do Alianza: Fofinho, Zé Márcio, Tininho, Oswaldir, Hamilton, Paquinha, Edu Maluf e Marley

Aqui mais excelente safra de jogadores, a grande maioria criada no futebol de salão do Grêmio. Nesta foto, antes da partida final pelos Jogos Estudantis, representando o time do Colégio Kennedy, numa grande final com o Colégio Estadual.

Na fotografia este time do final da década de 70: Toninho Zacarias, Fofinho, José  Américo, Zezé e Jésus Cabeção. Noel,  Marcos Preto, Dim e Nicolau

Outra formação do Grêmio, que sempre se destacou por ter ótimos goleiros, entre eles Dely, Toninho Geladeira, Aguinaldo e o saudoso Edu Maluf.

Aqui, durante uma partida decisiva, no ginásio coberto do grêmio, onde aparecem em pé: o goleiro Aguinaldo, Ide e Ailton Preto. Agachados: dois cracaços: Minguinha e Dim.

O Basquete nasce e se faz popular graças à História do Grêmio

Meninos, meninas, brancos, negros, amarelos; filhos de peões ou de operários mais graduados. Todos tinham a mesma paixão e o esporte especializado cairia na graça dos monlevadenses. Uma geração de ouro surgia nas quadras do Grêmio, pós “Buracão”.

Desde cedo, aqui sob o comando de Monsueto, os meninos começam a praticar o Basquete

Vista geral das duas quadras do Grêmio, antes da inauguração do Ginásio coberto, que se deu em 1958, denominado praça de Esportes Dr. Caetano Mascarenhas

Uma das primeiras equipes de Basquete a se formar no Grêmio, cujo esporte chegou às quadras gremistas antes do futebol de salão. Este podem ser chamados de “Os Pioneiros” do Basquetebol em João Monlevade. Na foto identificamos Gigante (em pé ao centro), e agachados Jair Barão e Caetano Mascarenhas

Um dos esportes preferidos de Caetano Mascarenhas era o Basquetebol, que foi a primeira equipe a ser formada no Grêmio, e tornou-se muito popular. Aqui a equipe se prepara para mais um confronto contra o time da Belgo-Mineira, de sua unidade em Sabará.

Na foto, em pé: Roberto Coutinho (técnico), Mazart, Bonlanger, Leopoldo, Décio Guzman e Hugo Freire. Agachados: Camarão, Olavo Dentista, Hélio Bundinha  e Natalino

O basquete também era praticado por estudantes e que integravam  a AME – Associação Monlevadense dos Estudantes.

Aqui, a equipe titular que participava de torneios em outras cidades, aparecendo pela ordem: Robson Coutinho, André, Rolan, Bento, Fifi e Alen Machado

Equipe adulta de Basquete masculino do Grêmio, Aqui em uniforme de gala, para um jogo decisivo. Na foto, entre outras pessoas, Mussolini, Ercílio, Leopoldo, Alim, Roberto Coutinho, Viçoso, Pirrucha, Gilson Brum, Francisquinho e Élvio

Basquete Mirim!

Esta foto mostra a equipe infantil de Basquete do Grêmio Esportivo Monlevadense, sob o comando do engenheiro Caetano Mascarenhas, que foi o principal nome pelo início e continuidade do saudoso Grêmio. Com ele, alguns atletas mirins, muitos residindo ainda hoje em João Monlevade, como o “Paulinho do Gás”, que aparece como o primeiro à esquerda da foto. Ainda neste grande trabalho fotográfico do Mestre Diló, aparecem Alim Machado, Alanzinho, Albery, Bebeto, Toninho Mãe, Totó Macêdo, Gilson Brun e outros. Uma história que não deveria ter fim.

Os Globetroters de João Monlevade!

Poderia parecer brincadeira, mas tão logo o Grêmio Esportivo Monlevadense foi inaugurado, em meados de 50, foram criadas equipes de bom nível no especializado, principalmente no Vôlei e Basquete. E, aproveitando o gancho do povo norte-americano, que sempre fez do basquetebol o seu esporte coletivo preferido, a diretoria do Clube, através do engenheiro Caetano Mascarenhas – grande amante do esporte -, criou entre seus atletas os Grobetroters, que faziam exibições em várias cidades de Minas Gerais. Com o patrocínio da Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira, praticamente todos os finais de semana os craques do basquete jogavam e chegaram a criar fama no Estado.

Foto publicada no jornal “O Pioneiro”: a equipe do Globetroters de João Monlevade na cidade de Diamantina, onde foi participar de um torneio de exibição. Em pé, da esquerda para a direita, aparecem Mozart, Tiuca, professor Nelson Pinto, Cuinha, engenheiro Caetano Mascarenhas, Milton, Mansueto e Hermes (Capeta). Agachados, na mesma ordem: Gastão, Biriba, Donde e Osualdo Abel. Apenas os dois últimos agachados não foram reconhecidos.

Vôlei também faz o nome no Grêmio Esportivo Monlevadense!

Um homem chamado Mussolini faz do Vôlei um esporte também popular em João Monlevade e vários atletas do Grêmio se tornam grandes jogadores. Mussolini, outro nome que fica para a história do esporte monlevadense.

O Grêmio sempre teve esta filosofia e investia na criançada, até para a prática do Volei, como mostra a foto, sob a coordenação de Gilson Brum

Mussolini foi um nome que ficou marcado, sendo o treinador das equipes de vôlei no Grêmio. Era um atleta nato e criou o saque “Jornada nas Estrelas”, muito antes do jogador Bernardo, da seleção brasileira. Aqui, ele aparece o primeiro, da esquerda para a direita. A fotografia é de 1962. Trata-se da equipe de vôlei juvenil do Grêmio Esportivo Monlevadense, de bons jogadores. Em pé, da esquerda para a direita, o técnico Mussolini (técnico), Haroldo, Claudir, Lado, Francisco Formiga, Lauro Santa Bárbara, Zezé Ratinho, Wander Diló, Dely, Fufu, Rubens (Leitão), Pretinho e Formiguinha. Agachados, na mesma ordem: Tatá, Carlos, Totó Macêdo, Paulinho, Nem, Nilton Celino (segurando a bola), Luiz e Elton Ebert.

Outra formação da equipe de vôlei adulta do Grêmio Monlevadense, antes de uma partida realizada na quadra do Clube. Em pé: Ercílio, Leopoldo e Alim Machado. Agachados: Francisco Formiga, Gilson Brun e Mussolini

Era 19 de julho de 1964, e a equipe infantil de vôlei masculino do Grêmio enfrentaria o time de Sabará, vencendo por dois sets a um, com parciais de 15 X 10, 11 X 15 e 15 X 4.

Esta equipe que venceu os visitantes, aparecendo em pé: o supervisor Gigante, Elton Hebert, Pretinho, Lauro Santa Bárbara, Wander Diló, Fufu e o técnico Mussolini (inventor do saque “Jornada nas Estrelas”). Agachados: Lado, Ratinho, Dely Formiga e Cirilo.

Nada melhor do que recordar alguns dos momentos da equipe feminina de Vôlei do Grêmio Monlevadense, a grande maioria estudantes do Colégio Estadual. Elas representavam a escola e o Grêmio, e tinham como treinador o popular Lauro “Santa Bárbara”. Esta foto, do início da década de 70, mostra o timaço formado em Monlevade naquela época, onde aparecem em pé, da esquerda para a direita: Maria Tereza, Nina, Joana Dárc, Edna, Sílvia e Célia. Agachadas, na mesma ordem: Tânia, Dadaia, Dias, Nívea, Nete, Sandra e o técnico Lauro.

Equipe de vôlei feminino, antes de uma partida realizada no Grêmio, onde aparecem Zulma, Verinha, Walquíria, Maria Ângela, Diná, Coramar e Zizinha

Outra equipe de vôlei feminino, onde aparecem, entre outras, Conceição Ebert, Gilza Brum

Grêmio: Uma escola que formou homens e atletas

E, foi justamente a coqueluche norte-americana que nascia primeiro no Grêmio, que formou várias categorias de Basquete e sempre equipes de alto nível e que competiam com equipes de outras cidades, inclusive de Belo Horizonte. A Belgo-Mineira dava todo suporte necessário.

Para recordar os velhos tempos, os atletas do Grêmio naquele ano de 55. Pela ordem, os agachados, sempre na ordem da esquerda para a direita: André Lingüinha, José Alfredo, Dunda, Raimundinho, Mahé, Alin Machado, Fernando Policarpo, Serginho Machado, Toninho, Tião Português, Sinésio, José Afonso e Wanderli.

Primeiros em pé: Carocinho, Gilson Brum, Donde, Nilson, Monsueto, Alfer, Peter, Veio Boró, Flamang, Cazita e Laplume.

Segundos em pé: André, Jairo, Jesus, Henriquinho, Benito, Joãozinho, Gaguinho, Jesus Pipoqueiro, Formiga, Osvaldo Abel, Zé Maria e Zinho.

Terceiros em pé: Roland, Alen, Luiz Franco, Carlinhos Batista, Jairo, Formiga, Ziquito, Penido, Puri e Tony.

No alto: Roberto Coutinho, Zozoca, José Maria Castilho, Hugo Freire, Caetano Mascarenhas, Tiúda e outros.

Para finalizar e como relatamos um pouco da história esportiva do Grêmio Esportivo Monlevadense e suas atividades, não poderíamos deixar de registrar este fato, em fotografia, sobre uma das muitas viagens que as equipes de Basquete e Vôlei do Grêmio fizeram a algumas cidades para jogos amistosos e disputa de torneios. Esta foto, do início da década de 60, mostra a delegação embarcando na Estação Ferroviária, antes de mais uma partida no ginásio do Siderúrgica, em Sabará. Entres outros jogadores da época, aparecem dentro do vagão e do lado de fora, o saudoso Pereira, Donde e Zozoca. O trem gastaria cerca de três horas até Sabará, viajando os atletas na primeira classe. Bons tempos que certamente jamais retornarão.

Esta é a história de um Clube que transformou a sociedade monlevadense da época, o Grêmio Esportivo Monlevadense. O Grêmio que formou, antes de atletas, homens.

O Grêmio que não apenas viveu de esporte especializado e natação, mas também de arte. Da música. Seu palco ficou famoso por abrigar shows do Rei Roberto Carlos, Rony Voon, Jair Rodrigues, Martinho da Vila, Clara Nunes, Elza Soares, Nelson Gonçalves, Perla e tantos outros astros. Seu ginásio sempre ficou tomado pelos populares durante os bailes com grandes orquestras e nos festivais da canção, que levava o público à loucura. E ainda contava com uma sala de Cinema e suas horas-dançantes vespertinas aos domingos eram charmosas e levavam grande número de jovens, e ocorriam após a Missa das 10 horas. O Grêmio ainda foi palco do famoso TeleKet dos anos 70, com a Luta Livre e presenças de seus ídolos Ted Boy Marino, Índio, Tigre, Raspudin, Verdugo, Marron. Foi palco de gincanas, festas juninas, quadrilhas, horas dançantes nas matinês dos domingos. E também havia os famosos concursos de beleza mo ginásio do Grêmio

Famosa Luta de TeleKet nos anos 1970, que era a paixão dos brasileiros e fazia grande sucesso na extinta TV Tupi. No ringue, Marron e Verdugo, com o ginásio do Grêmio com um imenso público

E também foi palco das aulas de Educação Física dos estudantes do Ginásio Monlevade e depois do Colégio Estadual, onde todos desciam o morro do Geo, atravessavam a praça do mercado e chegavam ao paraíso, chamado Grêmio Esportivo Monlevadense. E ali a gente estava em casa, após passar pela portaria comandada pelo saudoso Seu João “do Grêmio”.

No Ginásio do Grêmio Esportivo Monlevadense foi também palco para os festivais da canção, shows musicais e desfiles de Beleza. Aqui, um Concurso para escolha da Miss Monlevade, na década de 1970.

A flâmula que simbolizou o clube durante 21 anos, até deixar seu antigo posto, em 1984.

Idealização: Marcelo Manuel de Melo

Jornalista Profissional:

Reg:  MG11566 JP

Diretor do jornal “Morro do Geo”

Arte: Carla Santos

Comunicadora Visual

Apoio Logístico: F. de Paula Santos

Francisco do Couto Júnior

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