João Monlevade acontecia no chamado Centro Industrial. Aliás, muitos dos próprios monlevadenses chamavam o lugar de “Monlevade”, como se o resto não existisse. E quem vinha de fora achava que Monlevade era uma cidade, e Carneirinhos outra. Verdade.
Mas o “Monlevade” foi se reformando e acontecendo apenas a Usina da Belgo-Mineira. A empresa se expandia e a cidade foi mudando de lugar, principalmente nas áreas comercial, recreativa, social e educacional. Lá se ia o Grupo de Tábua, o Ginásio Monlevade, o Grêmio, o ideal, o União. A mudança era inevitável e o Carneirinhos foi se expandindo, crescendo. Lotes antes vendidos a preço de banana começavam a se valorizar. Terrenos baldios eram transformados em vias públicas. O fedorento canal Carneirinhos em avenida. Regiões como o Novo Horizonte, onde havia um brejo, foram aterrados e se valorizaram.
Na fotografia acima, do início da década de 1960, uma vista parcial dos bairros Novo Horizonte e Alvorada, onde aparecem, verticalmente, três vias públicas: as ruas Pedro Bicalho, Joana Dar´c e Louis Ensch. No sentido horizonte, a Rua Alberto Scharlé. Da direita para a esquerda, o cemitério de Carneirinhos e ao lado uma extensa mata nativa, onde seria construído o Real Esporte Clube anos depois. Passam-se algumas pequenas casas, as primeiras do bairro, e depois um galpão, onde está hoje instalado o Bar “Clube da Cerveja”, no cruzamento da Pedro Bicalho com Alberto Scharlé. Uma Carneirinhos bem diferente.