Construído exatamente onde se concentra o centro de Carneirinhos – saindo a partir da praça 7 de Setembro em direção à Prefeitura – as casas do Conjunto Juscelino Kubitschek tiveram um papel fundamental na fixação da população no início da existência do bairro
(Década de 1960)
A história do nascimento de cada bairro de nossa cidade faz parte de um capítulo em um “Livro de Ouro”, com infinitas páginas. E o de Carneirinhos tem seu espaço garantido.
Ao buscar nos aproximar um pouco mais desta história, voltamos à década de 1960. E foi exatamente em janeiro de 1961 que a “Fundação Casa Popular”, com sede no Rio de Janeiro, iniciou o processo de construir em João Monlevade casas populares.
Um dos primeiros a adquirir uma dessas casas foi o saudoso Raimundo Esteves dos Reis, popular “Diquinho”. Chegando à cidade como empregado, ele acabou abrindo as lojas “Diquinho Calçados”, e foi durante as décadas de 1970/80 o maior empreendedor do ramo em João Monlevade.
Adquiridas no valor de CR$ 200.000,00 (duzentos mil cruzeiros), com juros de 3% ao ano e proposta de pagamento em 360 meses, ou seja, 30 anos, as casas foram construídas exatamente onde se concentra hoje o centro comercial de Carneirinhos. Segundo Diquinho – que guarda com todo cuidado os documentos do plano -, o conjunto de casas “Juscelino Kubitscheck” teve tudo a ver com o início do grande impulso que tomou conta do bairro que, naquela época dava – assim como a cidade -, seus primeiros passos rumo ao progresso.
Das casas construídas, a partir de 1961, dentro do conjunto denominado JK, quase nada mais se vê. Contudo, sobre sua história, muito ainda se pode pesquisar e escrever. Como também se pode dizer das pessoas – como é o caso do Diquinho – que muito trabalharam ajudando a construir com dignidade e honestidade, a grandeza da nossa bela João Monlevade.
Esta casa, que fica próxima ao nº 4.900, na avenida Getúlio Vargas, Carneirinhos, é, talvez, a única ainda de pé do Conjunto “JK”, construído na década de 1960