Aimorés, Carijós, Tupis, Caetés, Tabajaras, Tupinambás, Tapajós, Tieté, Paraúna, Tocantins, Tupiniquins… Uma curiosidade? Porque Dr. Louis Jacques Ensch, o engenheiro visionário que mandou construir a 1ª Vila Operária da América Latina, em nossa João Monlevade – nos anos 1930 – e cujo objetivo era atrair os gringos e brasileiros para virem trabalhar na Usina da Belgo-Mineira, quis prestar esta homenagem às tribos indígenas que viviam no Brasil na época? Uma pergunta pela qual ainda não obtive resposta. Mas continuo pesquisando.
Primeiro, os luxemburgueses e belgas que fundaram a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, no vale do Piracicaba – entre um misto das minas e o estrangeiro -, deram um jeito de homenagear o povo tupiniquim. Assim, as ruas construídas ao redor da Usina ganharam nomes de tribos indígenas, à exceção da Beira-Rio, Siderúrgica e Piracicaba, isto na região do Centro Industrial. E aquele vale foi ganhando forma, e o sonho dodesbravador Louis Ensch foi se concretizando. O minério de ferro viria mudar de vez a realidade econômica, social e cultural dos povos do antigo Arraial de São Miguel, cuja chama inicial foi colocada pelo outro desbravador do Velho Continente, Jean Antoine Félix Dissandes de Mopnlevade.
E o caminho foi longo, mas foi seguido passo a passo, como o andar deste senhor anônimo, que passa despercebido, mineiramente, nas antigas calçadas do velho Centro, em frente ao prédio que abrigava o também saudoso Hotel Monlevade. Entre o sonho e a realidade, ele caminha sem imaginar que a nossa João Monlevade chegaria no terceiro milênio assim, tão grande! E que as casas que surgem entre a mata nativa, habitadas pelos primeiros operários da Usina que, assim como os bandeirantes, ajudaram a erguer a siderurgia e a cidade, eram carijós, tupinambás, tietes e tupis. Era a Cidade Alta vista pelo alto da cidade.
Hoje, a nossa cara é outra, mas a nossa história sempre será a mesma.
2 comentários “Curiosidade: Por que as ruas da Velha Cidade ganharam nomes de tribos indígenas? Por Marcelo Melo!”
Lendo aqui e aprendendo. Parabéns Marcelo!
Valeu amiga!