A vitória surpreendente do PV nas eleições de 2008!

Mais  um  ano  de  disputa  eleitoral,  com  as  eleições  municipais  de 2008.  E  foi  marcada  pela  surpresa  eleitoral.  O  advogado Gustavo  Prandini  de  Assis,  pelo  Partido Verde,  aparecia  como uma  nova  liderança.  Nas  eleições  passadas,  como  candidato  a vereador, foi o mais votado, porém não se elegeu por questões de  legenda.  Dois  anos  depois,  em  2006,  saia  candidato  a deputado  federal  e  teve  uma  votação expressiva.  Sabia  que  suas chances  de  vitória  eram  muito  pequenas,  mas  o  importante mesmo  seria  colocar  seu  nome  em  evidência.  E conseguiu,  pois, dois  anos  depois  seria  o  prefeito  eleito  em  João  Monlevade, derrotando  o  candidato  apoiado  pelo  então  prefeito  Carlos Moreira  e  o  deputado  Mauri  Torres,  o  médico  Railton  Franklin.

Antes  dessa  decisão,  no  entanto,  o  nome  do  grupo  situacionista seria  do  empresário  Lucien  Marques,  que  foi  preparado  por Moreira  para  ser  o  seu  sucessor.  No  entanto,  alegando  a  não aprovação  da  esposa,  desistiu  de  última  hora  da  disputa.  Assim  o nome  do  Dr.  Railton  –  eleito  vereador  em  2004  pela  oposição  – foi  a  bola  da  vez,  sendo seu  vice  o  jornalista  Carlos  Gomes.  A outra  candidata  foi  a  vice-prefeita  Conceição  Winter,  que  foi abandonada  pelo  grupo  liderado  por  Mauri  e  Moreira  que,  em vez  de  lhe  ser  grato  por  ela  ter  aceito  o  convite  para  entrar  de vice  na  chapa  durante  as  eleições  de  2000  e  mudar  o  quadro eleitoral  daquele  ano,  a  abandonou,  e  ela  acabou  na  terceira

posição.  Gustavo  Prandini  era  eleito  com  pouco  mais  de  500 votos  à  frente  do  Dr.  Railton.  Para  a  Câmara  Municipal,  o  índice de  renovação  chegou  a  60%,  sendo  apenas  quatro  reeleitos: Dorinha  Machado,  Sinval  Jacinto  Dias,  Robertinho  do  DVO  e Zezinho  Despachante.  Nomes  como  José  Lascado,  Antônio Contrapino,  Luiz  Cláudio  do  Patrocínio  e  Helenita  Lopes ficaram  de  fora.  As  seis novas  cadeiras  foram  assumidas  por Guilherme  Nasser, Belmar  Diniz  (graças  ao  carisma  do  pai, Leonardo  Diniz),  Doró  da  Saúde  (o  mais  votado),  Carlos Roberto  Lopes  (Pastor  Carlinhos),  Dulcinéia  Caldeira  e Vanderlei  Cardoso  Miranda.

No  entanto,  passadas  as  eleições,  antes  mesmo  de  o  prefeito eleito  indicar  seu  Secretariado,  um  fato  novo,  envolvendo  o vereador  reeleito  “Robertinho  do  DVO”,  cairia  como  luva  para provocar  uma  reação  imediata  dos  profissionais  da  imprensa  em João Monlevade.  Isso  porque,  durante  a  primeira  reunião  após  o pleito  eleitoral,  o  edil  usou  a  Tribuna  e fez duras críticas à imprensa, chamando-a de  “mercenária”, de  forma generalizada. Claro que sabemos daqueles pseudos-profissionais  (e  nem  carece  citar  os  nomes)  que  vendem  a opinião  –  e  não  o  espaço  -,  a  alma  ao  diabo  e  até  a  própria  mãe para  serem  beneficiados  financeiramente  e  que  tão  mal representam  a  classe (e nos dias de hoje é ainda mais vergonhoso),  mas  também  há  o  outro  lado  da  moeda.  Diante  do  pronunciamento  do  vereador,  convoquei  os  colegas  e decidimos responder ao vereador Roberto. E assim o fizemos, ainda em outubro  de  2008,  quando  redigi  um  documento  –  assinado  por todos  os  jornalistas  que  participaram  do  encontro  que  se realizou  no  auditório  do  Sindicato  dos  Metalúrgicos  -,  que  foi lido  em  repúdio  ao  vereador,  em  uma  sessão  ordinária  da  Casa Legislativa.  Fui  eu  mesmo  quem  usei  da  Tribuna  Popular.  Foi uma  resposta  forte  e  agressiva.  Mas  a  reunião  não  ficou  apenas no  discurso.  Após  o  término  de  meu  pronunciamento,  o  saudoso colega Carlos  Antônio  Coelho  (diretor  do  jornal  “Alô  Cidadão”), entrou  no  Plenário  da  Câmara  com  uma corbélia  de  flores  – usada  muito  em  velórios  –  para  sacramentar,  de  forma figurativa,  o  sepultamento  do  vereador  “Robertinho  do  DVO”. O  caso  ganhou  a  repercussão  que  buscávamos  e  provamos  que, unida,  a  imprensa  da  cidade  é  muito  forte. Mas hoje goza de pouquíssima credibilidade (Sic).

*Do Livro “A Saga: Memórias de um Jornalista do Interior” – Parte LXV

Autoria: Jornalista Marcelo M. Melo!

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