“O homem, a obra o imortaliza”! – Por Marcelo Melo!

Todos temos nossas histórias entre o passado e o presente, e o que poderá ser contado no futuro! Eu, como jornalista e há mais de 40 anos na profissão, posso dizer que tenho muito orgulho do que já fiz, e do que ainda posso fazer como formador de opinião. E tive o privilégio de conhecer muitas pessoas, ouvir bastante história, entrevistar e ouvir casos e causos de personalidades e de gente simples, homens e mulheres que deixaram um legado impressionante. Foi muito gratificante conhecer trabalhos voluntários, e saber de toda história de minha cidade natal, através de pesquisas. E antes mesmo de fundar o jornal, o nosso “Morro do Geo”, sempre me interessei em conhecer nosso passado, conversar com os monlevadenses mais antigos, ouvir relatos de cada personagem desta história, para guardar viva a nossa memória!

E, entre tantos personagens, centenas de pessoas com quem tive a oportunidade de conversar, trocar ideias e ouví-las, uma delas sempre mereceu uma atenção especial, justamente pelo seu papel como registrador da nossa história, atrás de suas lentes das suas máquinas fotográficas, e pela sensibilidade e o dom que sempre teve em observar cada detalhe, em cada rosto ou cenário que fotografou ao longo dos anos. Trata-se do Saudoso Sr. Ilídio Benevenuto Costa, que na verdade sempre foi conhecido pela sua alcunha, como “Diló”, e a quem sempre chamei de “Mestre Diló”, pela maravilha que fazia com sua câmera. Nascido em Nova Era e veio para João Monlevade a convite do Dr. Louis Jacques Ench, para registrara a nossa história fotográfica. Faleceu em janeiro de 2015, aos 94 anos de idade, e deixou seu legado.

Abaixo, um texto que escrevi e foi o Editorial de meu primeiro trabalho em sites, que lancei em maio de 2011 no prédio do Cassino. E o artigo fala exatamente da importância que teve o Pai da Siderurgia no Brasil em relação à sua cumplicidade com o Mestre da Fotografia:

“…A nossa história parece pequena, mas é de um tamanho incalculável. Pelo fato de João Monlevade ser uma cidade atípica, meio que colonizada pelos habitantes do Velho Continente, que aqui chegaram para nos ensinar a transformar o minério de ferro em aço. De transformar o Arraial de São Miguel em uma Vila Operária, entre as montanhas e o rio Piracicaba. E da Vila, a história dos nossos bravos homens que ajudaram a construir a Usina e a cidade. E, entre tantos casos e ações, o ideal do homem chamado Louis Ensch foi fundamental para que hoje a nossa história fosse contada. Graças à sua vivência e sabedoria, já naquela época, nos anos 1930, o saudoso engenheiro vindo das terras de Luxemburgo, desejou que toda a obra, desde o lançamento da pedra fundamental para instalação da Usina da Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira, fosse contada através de fotografias. Pois só assim a nossa história seria preservada, pelas imagens de um cenário maravilhoso. Até acredito que o Dr. Ensch – como era chamado carinhosamente pelos seus funcionários – previa que um dia todo esse acervo fotográfico fosse motivo de orgulho e aprendizado aos descendentes dos primeiros operários que aqui chegaram na década de 40 para erguer a Vila Operária”.

E, depois dos fotógrafos Coutinho e Assunpção, foi Diló o fotógrafo contratado pela direção da Belgo-Mineira para deixar tudo registrado, e foi ele o responsável em deixar preservada a maior herança e acervo fotográfico de nossa João Monlevade!

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