Em 2001, durante o 40º aniversário da Rádio Cultura, entrevistávamos no programa “Plantão Cultura”, dois nomes que fizeram parte da história da emissora: Alim Machado e o saudoso Graldo Zenóbio, o “Pindoba”
O que é a História? História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é ?st???a? (Historíai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes. O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados (http://pt.wikipedia.org/wiki/História).
Trocando em miúdos, a história se inicia quando os homens encontram as provas de sua existência através da realização de seus antepassados. E, sem aqueles que começaram a história, não haveria ninguém para contá-las hoje. Parto do princípio de que se esquecendo (ou omitindo) os feitos dos antepassados perde-se o bonde da história.
Não estou aqui para fazer julgamento ou mesmo legislar em causa própria. E muito menos para atirar pedras na iniciativa da direção da Rádio Cultua, e do seu proprietário, deputado Mauri Torres, que realizou uma bonita festa no domingo, 19, quando das comemorações pela passagem do 48º aniversário da emissora, fundada pela Belgo-Mineira em 1961 .
No entanto, gostaria sim de apresentar aqui a minha indignação pela falta de respeito com que a atual direção tratou aqueles que ajudaram a construir a história desta emissora. Seus ex-funcionários, aqueles que, durante anos, vestiram a camisa da Cultura, desde os tempos da Belgo-Mineira e mais tarde pela Tiradentes/Globo, foram ao menos lembrados neste aniversário? Dou como exemplos nomes como Alim Machado (o locutor que colocou a Rádio Cultura no ar), Maurício Reis (editor de esportes durante anos), o popular “Sabará” (repórter esportivo nos anos de ouro do futebol em Monlevade), Vicente de Paula (o pé de boi da emissora durante décadas), Geraldo Cardoso (baluarte da Cultura e injustamente demitido da emissora), Elmar Vinícius de Oliveira (diretor nos anos 1980/90), Jair Lesse (um dos pioneiros em programas sertanejos) etc. Algum deles foi lembrado como parte da história da Rádio Cultura? Pois bem, fica então o meu protesto pelo “esquecimento” e, voltando ao velho jargão, “um povo sem história é um povo sem memória”.
*Este texto foi publicado na edição de nº 131 do jornal “Morro do Geo”, de abril/2009, quando mostrei minha indignação pelo desrespeito da direção da Rádio Cultura, na época, com quem fez a sua história.