Minha saída da Rádio CDL!

Ainda  naquele  ano  de  2004,  uma  nova  decepção  na  área profissional.  Acabava  de  deixar  a  Rádio  CDL. Um  episódio  foi escondido  por  alguns  meses,  até  eu  descobri  a  verdade  sobre  o fato  que  teria causado  minha  saída  da  emissora.  Tudo  havia  se originado  de  uma  crítica  que  fiz  no  meu  programa  matinal  ao então  presidente  Luiz  Inácio  Lula  da  Silva  e  aos  seus  ministros. O  assunto  em  pauta,  eu  não  me  lembro,  mas  repercutia nacionalmente.  Chegou  a  ser  matéria  de  capa  da  “Veja”. Terminei  de  fazer  o  programa  e  voltei  no  dia  seguinte.  No entanto,  quando  cheguei  à  sede  da  CDL para  trabalhar,  pouco antes  das  10  horas,  o  estúdio  estava  fechado  e  o  transmissor  fora do  lugar.  Perguntei  do  que  se  tratava  e  a  informação  foi  que havia  fiscais  da  Anatel  na  cidade  e  que,  por  se  tratar  de  uma rádio  funcionando  ainda  de  forma  irregular,  houvera  apreensão de equipamentos e multas. No entanto, desconfiei da justificativa,  pois  as  outras  duas  rádios-piratas  da cidade,  a própria  Mundial  e  a Comunicativa,  também  em  situação irregular,  estavam  funcionando  normalmente.  E  sempre  que havia  rumores  de  que  fiscais  estavam  na  área,  todas  as  três emissoras  tratavam  de  guardar  seus  transmissores. No  entanto, descubro  semanas  depois  o  que  realmente  havia  ocorrido. Muito  simples:  o  comerciante  Barbosa,  dono  de  uma  loja  de material  esportivo  e  com  quem  tinha  um  bom relacionamento – sendo  simpatizante do PT -, compareceu  à  sede  da  CDL logo  após  o  programa  e  reclamou com  os  diretores  de  meu  pronunciamento  na  rádio,  criticando  o “seu”  presidente.  Para  não  se  abrir  um  confronto  entre  mim  e  o Barbosa,  a  turma  da  linha  de  frente,  os  amigos  Luiz  Valente  e Francisco  Melo,  optaram  em  criar  um  fato.  Tudo  bem, tanto  que jamais  procurei  o  Barbosa  para  falar  sobre  o  assunto, ou tirar satisfação, porque  há  situações  e  questões  nesta  vida  que  melhor  é  deixar pra  lá,  “passar  batido”,  como  se  diz  na  gíria.

*Do Livro “A Saga: Memórias de um Jornalista do Interior” – Parte LXI

Autoria: Jornalista Marcelo M. Melo!

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