Era dia de festa. Havia casamento no Palanque da Vila Tanque. O primeiro deles, ocorrido em 3 de dezembro de 1966, é este aí da fotografia, do trabalho do Mestre Diló, entre Edílson e Nilda, e celebrado pelo saudoso Padre Hildelbrando, o popular Padre “Ju-ca”. As cercas ficavam abarrotadas de crianças e o altar era pequeno para tantos convidados e “penetras”. Era um espaço aberto e o palco da religiosidade naquele bairro, de uma vila operária e de um povo cristão.
O Palanque da Vila ficava ali na Contorno, perto da Rua 16, em frente à Casa Pessoa, do Sr. Delvo e da Dona Santa. Hoje está instalado o prédio (ou prédios) da Doctum, até recentemente Funcec e Centec, que iniciaram suas atividades entre 1974 e 1975. Até então, abrigava o Palanque, todo ele feito em madeira e onde os padres Hildelbrando e Ilídio celebravam as missas nas noites de sábado e nas manhãs de domingo. Um santuário, onde também atuava o saudoso Cônego Higino de Freitas, e de onde saiam as longas e bonitas procissões durante a Semana Santa.
Um Casamento Histórico que ficou marcado
Pois é, mas um casamento que ficou mesmo marcado no Palanque da Vila Tanque foi este, aparecendo na fotografia os noivos Edílson e Nilda, assinando o Documento Matrimonial, observada pelo Padre “Juca”, bem concentrado na cerimônia. Uns “papagaios de pirata” apareciam para entrar na foto, e ao longe um menino pendurado na cerca, talvez pensando como seria seu casamento. Mas de uma coisa ele já sabia: não seria no Palanque, porque o progresso, certamente, o consumiria, como aconteceu.