Issac Cassimiro (E) e o filho Tião Zaquinha
Isaac Cassimiro Gomes, popularmente conhecido como Sô Zaquinha, nasceu em Santa Rita de Pacas em 21 de novembro de 1875, filho de Modesto Gomes Martins e Manoela Saturnina Bárbara Lage.
Estabeleceu-se nesta terra por volta de 1913, quando comprou, em um lugar denominado “Perdido”, um grande terreno com 36 alqueires de pasto e mato, ali construindo a sede da Fazenda do Perdido, exatamente onde se situa hoje o Velório Municipal. Ali morou cerca de 46 anos. Nestas terras cultivava milho e feijão, criando também gado leiteiro, provendo, assim, sua subsistência e de sua família. Tendo-se casado com Izabel Maria de Jesus, constituiu família numerosa: Maria Martins Lima (ou Dona Maria do Correio, por sua atividade no antigo Correio da Rua Virgílio Lima), José, Lourdes, Abrão, Osvaldo, João, Sebastião (o Tião Zaquinha), Jarbas e Arlindo. Homem honesto e trabalhador, vivia para o trabalho: levantava-se cedo, ordenhava as vacas e entregava os produtos no comércio de Carneirinhos. É claro que sobrava um tempinho para uma prosa com os amigos, temperada com uma pinguinha “da boa” e com a fumaça do cigarro de palha feito com fumo “Coral”.
Com a instalação da Belgo-Mineira em Monlevade, vendeu para a empresa, por volta de 1936, parte de suas terras (o atual Areão), de onde a Belgo extraiu a areia para o concreto armado da Usina e das casas dos operários. Venderia, posteriormente, também para a Belgo, as terras que constituem hoje os bairros Satélite e José de Alencar.
Católico convicto e devoto de São José, era exigente com os compromissos assumidos. Costumava dizer que “homem algum é obrigado a tratar, mas, se tratar, está obrigado a cumprir”. Morreu em Carneirinhos, em 22 de abril de 1958. Em João Monlevade, onde residem – ou residiram – seus filhos, moram muitos de seus descendentes.
*Matéria publicada na edição de nº 112 do jornal “Morro do Geo”, de agosto/2007.