Entrevista: Sr. Etelvino, um dos carroceiro que puxava o burro “Rouxinol”, falou ao “Morro do Geo”! Por Marcelo Melo!

Na foto acima, o Sr. Etelvino, um dos primeiros carroceiros do Armazém do Geo, durante a entrevista que concedeu ao nosos jornal, em 2001, segurando nas mãos o primeiro exemplar de nosso periódico

Em entrevista concedida ao jornal “Morro do Geo” em sua 2ª edição, que circulou em março/2001, o hoje saudoso Sr. Etelvino Neri Domingues, então com 69 anos e residente na Avenida Cândido Dias, Bairro Loanda, pai de nove filhos e avô de cinco netos, falou dos tempos que trabalhou na Casa Antônio Geo Ltda., administrada pelo popular Sr. “Leleu”, filho do proprietário do estabelecimento, Senhor Antônio Geo, cuja Matriz era na cidade de Sabará. Natural de São Domingos do Prata, Sr. Etelvino era o carroceiro responsável pela distribuição de pães para as residências dos moradores das ruas Siderúrgica, Beira-Rio, Contratados, Piracicaba e adjacentes, entre entre 1955 a 1965, nos dez anos que trabalhou no Armazém. Ele contou com saudade que puxava o mais popular dos burros que, naquela época, fazia o transporte das mercadorias para os operários da Usina da Belgo-Mineira, conhecido como “Rouxinol”, um dos integrantes da tropa dos populares “Burros do Geo”.

Falando sobre o estabelecimento, ele disse que poderia ser comparado a um grande supermercado de hoje, pois vendia de tudo. “Lá no Geo o freguês encontrava qualquer mercadoria. Havia Padaria, açougue, mercearia, tecidos e muito mais”, disse saudosista. Lembra que durante os 10 anos que ficou no Armazém, foi transportando pães, “mas o duro mesmo era fazer o burro subir do Bar do Daniel (depois tornou-se o Bar e Restaurante Rampa´s) até o Armazém, que era uma subida bem íngreme e de pedras escorregadias. Mas foi um tempo bom, muito gostoso. Lembro que, para comparar com o morro do Geo, qualquer dificuldade que alguma pessoa tinha, todos falavam: ‘nem o burro do Geo com os suspensole (suspensório) do Daniel aguentavam’. Dá muita saudade”, disse Sr. Etelvino.

Ele falou, na época, com tristeza, de sua saída do estabelecimento. “O motivo que me levou a sair foi em razão da crise, assim como de outros funcionários, que também apanhou Seu Leleu. O mercado quebrou (com certeza devido aos tantos fiados) e tivemos de sair dali e foi com muita tristeza, porque foi uma época de ouro. O pessoal retornou a Sabará e ficaram apenas as boas lembranças e muita saudade”.

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