Momento Histórico da Usina de Monlevade! – *Edelberto Augusto Gomes Lima!

Na fotografia acima, a Capa do Livro que conta a história das usinas da Belgo-Mineira em Sabará e João Monlevade, cujo autor é um grande historiador. Abaixo, um trecho do Livro:

Trata-se da penhora pelo credor hipotecário, Banco da Lavoura e Comércio do Rio de Janeiro, do que sobrou da Usina construída por Jean Monlevade e também a construída pela Companhia de Forjas e Estaleiros, sob a direção do neto de Jean Monlevade.

Através de uma carta precatória oriunda da Comarca do Rio de Janeiro, dirigida ao juiz da comarca de Ouro Preto, na época sob a responsabilidade do então magistrado Augusto de Lima (Personagem histórico de Minas Gerais), foi solicitado que o acervo fosse levado à hasta pública. Como não houve licitantes, todo acervo foi adjudicado (adquirido) pelo credor hipotecário, extinguindo assim a dívida.

Os editais da hasta pública foram publicados no jornal “Minas Gerais”, em duas edições do ano de 1898.

Por volta de 1930, o Dr. Gaston Barbanson adquiriu todo o acervo que estava na posse do Banco da Lavoura, além da Mina do Andrade, tendo sido posteriormente reembolsado pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, constituindo, assim, o embrião da atual usina de João Monlevade. Todo o acervo constituídos de diversos bens imóveis e móveis estão transcritos no livro a seguir.

Contudo, acho oportuno transcrever uma parte em que é citada a existência, na época, da estrada de ferro CENTRAL DO BRASIL, aliás é citada moas de uma vez.

“(…) No galpão onde se acha colocado o alto forno, onze metros e cinquenta centímetros de largura por trinta e dois metros de comprimento, no segundo galpão (Centro).

Terceiro galpão, com onze metros e sessenta centímetros de largura por dezenove metros e quarenta centímetros de comprimento, com vinte e quatro pés direitos, de madeira de lei, assentados em pilares de pedra, portões de ferro e oito colunas de ferro, coberto com telhas de zinco, com cinco portões, sendo quatro de madeira e um de ferro, sendo esse edifício todo murado de tijolos, com frente para a ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO BRASIL, avaliados em dez contos de réis.

*Edelberto Augusto Gomes Lima é natural de São Domingos do Prata, já morou em João Monlevade e Sabará, sendo que, quando menor de idade, foi continuo na Usina da Belgo-Mineira, em Sabará, cidade da qual se tornou, quando adulto, Cidadão Honorário. Atualmente, já aposentado como advogado, é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.

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