História é para historiador! A gente apenas dá umas bicadas vez ou outra! – *Onésimo Marcelo Rodrigues (Nem)

Na foto acima, a Avenida Aeroporto no tempo que as belas casas ainda pertenciam à Belgo-Mineira e ali somente moravam engenheiros e gringos que vieram ensinar siderurgia aos brazucas. Nesta casa, de nº 14 da Avenida Aeroporto, residia o saudoso Sr. Iliá Vertchenko, que chefiava todo o serviço de Topografia da Belgo-Mineira, a esposa Vera Galkovski Vertchenko e os filhos. As duas crianças que brincavam de bicicleta eram seu filhos Alexandre e Nicolai Vertchenko, irmãos de Lev Vertchenko, que hoje reside em Belo Horizonte e faz um trabalho em 3D, de reconstituição virtual do Conjunto Arquitônico da saudosa Praça Ayres Quaresma (Praça do Cinema). Um projeto fantástico e que você viaja em ver as imagens

Vi no Facebook alguém falando que a Avenida Aeroporto, em João Monlevade, seria os metros quadrados mais caros da cidade. Eu nem arriscaria entrar nesse mérito. Isso é coisa para o Vítor, da “Casa Forte”. Mas, bicando na história, Monlevade era do ex-Bairro Forninho (próximo à Associação dos Aposentados) até o Bairro Jacuí. Na curva, após o Estádio Louis Ensch – próximo à Sinterização – tinha uma Vila com seis, oito casas (barracas). Este local se chamava  “Jacomino”. Ao nível da rua existia uma *Oficina do Rogério*, onde, segundo a lenda, teria trabalhado o cantor Agnaldo Timóteo.

Do outro lado, subindo para o Social Clube, o forte contraste entre as barracas e as casas dos engenheiros. Até aí, aquele local, “Vila dos engenheiros”, era o que tinha de mais chique; era o glamour total em moradia. Até então não existia ainda a Avenida Aeroporto. Descendo, vinha a Rua dos Contratados, outro local de classe alta, onde moravam estrangeiros que prestavam serviços à Belgo-Mineira. Casas especiais em frente ao Vestiário “Zebrão” completavam o Conjunto daquela área. Só redidiam os chefões. Descendo mais ao centro, vinham as quatro “Vedetes”. O Cassino (diretores, médicos e engenheiros), as ruas Beira Rio, Piracicaba e a mais famosa delas, a Rua Siderúrgica. Morar ali era o começo do chique. Residiam naquela rua apens os “meio-chefes”. Surgiu então a Avenida Aeroporto. Aí, sim. Nascia a coqueluche das moradias.

Eram moradias exclusivas para engenheiros. Residir naquele local dependia da função dentro da Usina. Naquele tempo era tão peneirado, que a casa do Gerente da Usina era separada da Avenida. Bem perto do clube Embaúbas.

Passando para o tempo de hoje, Cassino, a Vila dos Engenheiros, as três ruas desfiguradas e sem graça, em nada lembram o passado glorioso e glamoroso! Hoje, a Av. Aeroporto já não mais pertence à Usina. Sua glória e charme eram quando havia a acirrada disputa para morar lá. Dependia de currículo, do saber. Agora, passado o tempo do glamour, qualquer pessoa que possa comprar uma casa ali, compra. É só tirar as gominhas das notas e se mudar! Desde que o dono queira vender. Mas que fique sabendo….. O charme de uma época não existe mais.

*Onésimo Marcelo Rodrigues (Nem) é aposentado, artista plástico, escultor e cronista nas horas vagas!

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