Usina de Monlevade completa 85 anos!

A Usina de Monlevade completou 85 anos de instalação ontem, 31 de agosto, e foi graças ao engenheiro de Luxemburgo, Louis JJacques Ensch, que o sonho de a Belgo-Mineira se instalar em João Monlevade se tornou real. Aqui, uma vista aérea da Usina de Monlevade, que integra o grupo Arcelor-Mittal desde o ano de 2006

Dois eventos marcaram o dia 31 de agosto de 1935: a inauguração do ramal ferroviário Santa Bárbara/São José da Lagoa e o lançamento da pedra fundamental da Usina de Monlevade. Complementares, os dois marcos foram firmados pelo Presidente da República da época, Getúlio Vargas, e abriram uma página notável no cenário da siderurgia mundial.
Setenta e um anos depois, a Usina de Monlevade já passou por diversos planos de expansão e modernização, que deixaram a empresa numa posição de liderança no mercado internacional.

A Usina de Monlevade teve sua pedra fundamental lançada em 31 de agosto de 1935, com a presença do presidente da República, Getúlio Vargas, que aparece aqui ao lado do diretor da Usina, Dr. Louis Ensch, convidados e a Comitiva presidencial


Principal unidade siderúrgica da Belgo, a Usina de Monlevade produz anualmente 2.400.000 toneladas de fio-máquina de baixo e alto teor de carbono e de baixa liga para as mais diversas aplicações. O fio-máquina para lã de aço e cordonéis de aço para a fabricação de pneus radiais são “a menina dos olhos” da Usina. Em 2001, inclusive, a Usina recebeu o título de melhor fornecedor mundial de steel cord da Bekaert, num reconhecimento à alta qualidade do produto desenvolvido em João Monlevade. Mas os últimos anos têm sido pródigos em premiações, não só relativas à qualidade do produto, mas também para o modelo de gestão adotado pela empresa e por sua atuação social. A mais recente conquista foi a inclusão da empresa na relação das 10 melhores empresas do Brasil para se trabalhar, em pesquisa realizada pelas revistas Exame e Época.

História

Mas a história da Belgo começa antes de 31 de agosto de 1935. Na verdade, é preciso relembrar a origem do município, quando o fundador Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade chegou a estas sesmarias e construiu o Solar da Fazenda Monlevade e uma Forja Catalã, na qual mais ou menos 200 escravos produziam diariamente 30 arrobas de ferro.

Com a morte de Jean Monlevade, a Forja Catalã passou por um momento de decadência entre os anos de 1872 e 1891. Foi vendida à Companhia Nacional de Forjas e Estaleiros, que a manteve até 1897, fechando pela dificuldade de encontrar mão-de-obra especializada, pelo alto custo da produção e ausência de uma linha férrea interligando a região de Monlevade à Estrada de Ferro Leopoldina.

Vinte anos depois, engenheiros mineiros montaram a Companhia Siderúrgica Mineira em Sabará e dois anos mais tarde registrava-se a primeira corrida de gusa naquela usina. Em 1921, Gaston Barbanson adquire o patrimônio da Forja e Estaleiros e no mesmo ano ocorre a fusão do capital da Companhia Siderúrgica Mineira com o da ARBED (Aciéres Reunies de Bourbach, Eich e Dudelange). Daí nasce a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira.

Foi em 1926, sob a chancela do engenheiro Louis Ensch, que começaram os trabalhos de terraplenagem para a construção da Usina de Monlevade. Dois anos após o lançamento da pedra fundamental, em 1937, registrava-se, no dia 20 de julho, a primeira corrida de gusa produzido no alto-forno 1. Em 1938, entrava em operação o primeiro forno Siemens-Martin e o segundo alto-forno. No ano seguinte, eram construídos a usina hidrelétrica Piracicaba, o segundo forno Siemens-Martin e a trefilaria. Ato contínuo, entram em atividade, em 1940, os laminadores e a fábrica de arame farpado.

Cinco anos após o lançamento da pedra fundamental, a Usina funcionava a pleno vapor: quatro alto-fornos, uma usina hidréletrica e uma trefilaria. Pela segunda vez, o Presidente Getúlio Vargas vem a Monlevade para inaugurar os alto-fornos e lançar a pedra fundamental do primeiro laminador de trilhos, que seria o primeiro da América do Sul.

Na foto abaixo, o príncipe Charles, de Luxemburgo (o 1º à frente), visita a Usina de Monlevade


Entre os anos de 1949 e 1957, entraram em operação o trem de reversível de chapas a quente e primeira fábrica de oxigênio da América Latina. Em 1968, é inaugurado o trem de laminação Morgan. Já em 1978, é instalada a nova Sinterização e começa o Programa de Proteção Ambiental.
Na década de 1980, entraram em operação o alto-forno 5, a nova fábrica de oxigênio, nova Aciaria LD, o forno-panela e o lingotamento contínuo.
Outros grandes investimentos foram feitos, como o Laminador Morgan 2 (1990), reforma do Laminador 1 (1996) e o novo alto-forno (2000) e a expansão da Usina, a partir de 2012, que foi responsável pela duplicação da produção da Usina, passando de 1.200.000 toneladas de fio-máquina para 2.400.000, anualmente.

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